No dia 6 de novembro, a EPCOL representada pelo Eng. Guido Albuquerque esteve presente nas jornadas do Hidrogénio da AP2H2 onde integrou o Painel 2: H2(V) e seus Derivados no Transporte (Rodoviário, Marítimo e Terrestre): Uma Perspetiva Nacional, em que houve oportunidade de dialogar sobre as propostas para a descarbonização dos combustíveis, intrínseca e quimicamente ligadas ao desenvolvimento da produção de Hidrogénio verde.
Durante a sua intervenção o Eng. Guido Albuquerque, destacou que as associadas da EPCOL acompanham, desde o início, o compromisso europeu de redução das emissões líquidas de GEE.
A neutralidade tecnológica deve ser um princípio central da transição energética, e todas as soluções comprovadamente eficazes na redução de emissões devem ter lugar para competir e evoluir.
Entre essas soluções, a EPCOL salienta, em particular, a utilização de combustíveis renováveis, semelhantes aos produtos fósseis líquidos atualmente utilizados, inteiramente produzidos a partir de resíduos e/ou matéria-prima renovável de origem biológica ou não e comprovadamente disponíveis na UE nas quantidades necessárias - consultar Concawe/Utrecht. Além disso, podem ser imediatamente utilizados nos atuais meios de transporte mais difíceis de descarbonizar - transportes Aéreos, Marítimos e Pesados/Longo curso, servindo-se, na sua maioria, do sistema de armazenamento e distribuição hoje em operação e ainda, do conhecimento técnico e instalações de produção (parte do sistema de refinação) existentes.
A intervenção recordou ainda que estes combustíveis sustentáveis já são utilizados há cerca de uma década, incorporados obrigatoriamente em percentagens variáveis nos combustíveis fósseis, cumprindo normas rigorosas de certificação e controlo, como as previstas na REDIII.
Foi também referido que uma das principais propostas apresentadas na COP30 pelo Presidente do Brasil, Lula da Silva — a iniciativa Belém x4, sustentada num relatório da AIE (Agência Internacional de Energia), propõe quadruplicar a produção mundial de combustíveis sustentáveis. Esta visão reforça a urgência de expandir soluções alternativas que possam complementar a eletrificação, especialmente onde esta se revela insuficiente ou mais difícil de implementar.
Por fim, o Eng. Guido Albuquerque alertou para o risco de a atual tendência de sobrerregulamentação europeia nesta matéria, incluindo a inexplicável proibição de venda, na prática, de veículos com motor de combustão interna a partir de 2035, impedir os investimentos necessários e limitar indevidamente o conjunto de soluções disponíveis para se atingirem os objetivos climáticos.